ISE - Claudio Duarte

Nascido em 1979, na cidade de São Paulo, autodidata, Claudio Duarte - ISE desenvolveu nos muros o traço, a forma e a proporção que resultaram na grafia tão reconhecível aos olhos de quem navega pela cidade. “É com esse mesmo olhar atento e generoso que percebeu a poesia imbuída nos cenários árduos que o rodeiam. E, assim, passou a registrar recortes de tempo-espaço transformados em telas”.

A pincelada realista produzida em tinta óleo pelo artista não busca, no entanto, um mundo mágico  e fictício. Ela ressalta a beleza contida na própria realidade, naquilo que nossos olhos muitas vezes evitam encontrar, mas que está diante de nós. Encontra o belo no tido por muitos como não belo. E é a partir desse fragmento que ISE revive tal situação horas, ou até anos mais tarde em seu ateliê, recriando com tinta a cena flagrada. 

Em suas telas, ressalta objetos específicos de tais acontecimentos. O branco do tecido desaparece  e  destaca as simbologias do instrumento eleito. Descontextualizando, peças simples e cotidianas ganham muitos significados e novas narrativas. 

Fragmentos de um cenário visto pelo artista nas ruas  são materializados em fotografias clicadas por ele, nas quais o espectador pode encontrar algumas de suas vivências  que se tornam pinturas. Tais momentos flutuam como pensamentos extraviados de seu percurso comum. É inspirado nas cenas que desaparecem continuamente que ISE traça seu percurso, eternizando e fazendo-as reviverem em outros suportes.


Born in 1979, in São Paulo, self-educated, Cláudio Duarte - ISE used the city’s walls to develop the lines, shapes and propotion that resulted in his most known letters, frequently recognized from those who walk throughout São Paulo. “Within these same watchful and generous eyes, he noticed the hidden poetry in the harsh scenarios that sorrounds him. That’s when he started to collect space and time cuts to transform it into a canvas”.

The realistic touch in oil paint does not seek, for instance, a magic and unrealistic world. It highlights the beauty in the reality, in what our eyes frequently avoid to see but it’s right in front of us. It finds beauty in what many consider not beautiful. And from this fragment, ISE brings such situation back to life hours or even years later inside his studio, recreating the scene with painting.

In his canvas, ISE highlights specific objects from these events. The white material disappears and gives space to the symbologies of the elected tool. In summary, simple pieces from our day-to-day receives more meanings and new narratives.

Fragments of a scenario seen by the artist in the streets are materialized in photographies that he shoot by himself and gives space to those who witness it to find any of his/hers experiences in what is now art. Those moments often floats as mislay thoughts. It finds inspiration in the scenes that disappears frequently and cross ISE’s path to now be perpetuated by the artist.